sábado, 15 de junho de 2013


SEQUÊNCIA DIDÁTICA DO TEXTO PAUSA, DE MOACYR SCLIAR
A PRESENTE SEQUÊNCIA DIDÁTICA TEM COMO OBJETIVO O DESENVOLVIMENTO DAS COMPETÊNCIAS LEITORA E ESCRITORA DOS ALUNOS.

Público alvo: 9º ano/8ª série

Tempo: 6 aulas

Ativação de conhecimentos de mundo; antecipação ou predição; checagem de hipóteses. 

Numa roda de leitura, aguçar a curiosidade do aluno para o conhecimento do autor:

 a)Você conhece o autor Moacyr Scliar?

b)Alguém já leu algum texto de Moacyr Scliar?

O professor poderá apresentar alguns dados biográficos do autor ou sugerir que os alunos façam pesquisa sobre o mesmo. 

Levantar questionamentos sobre o significado da palavra PAUSA.

a) Qual o significado da palavra pausa para você?

b) Quando você precisa de uma pausa no seu dia-a-dia?

c) O que você faz, quando isso acontece?

d) Vamos ler um texto com o título Pausa. O que você acredita que encontraremos nos texto? 

Localização de informações; comparação de informações; generalizações. 

Leitura do texto feita pelo professor, dando especial destaque à pontuação, entonação  do texto.

Leitura do texto feita pelo aluno, tendo como principais objetivos a fluência e a leitura correta da pontuação, uma vez que há predomínio de frases curtas no mesmo.

Elementos estruturais da narrativa: Observar junto com o aluno que narrativa gira em torno de dois elementos básicos: TEMPO e ESPAÇO.

Trabalhar a caracterização das personagens. 

Produção de inferências locais; produção de inferências globais. 

O trabalho com o elemento da narrativa ESPAÇO permite ao leitor  se deixar conduzir pelo campo da possibilidade, da extrapolação do texto.

a))A partir do momento que Samuel “ guiava vagarosamente; ao longo do cais, olhando os guindastes, as barcaças atracadas.[...] até  afrouxou a gravata” há uma sequência que leva o leitor imaginar determinada situação. Que situação é essa?

b) Samuel , todos os domingos, ia ao hotel para descansar. Na sua opinião, por que ele fazia isso? 

Recuperação do conteúdo de produção; definição de finalidades e metas de atividade de leitura. 

Os alunos, em duplas, responderão questões relativas à:

a) Levantamento de vocabulário;

b)Caracterização física e psicológica das personagens;

c) Enredo- estabelecimento do conflito, clímax  e desfecho tão presentes no conto;

d  Destaque  das figuras de linguagem do conto,  em especial a personificação, para mostrar que homem e objetos se confundem;

e) Compreensão da  importância da utilização do discurso direto com frases extremamente curtas  para mostrar que a personagem vivia apressado, engolido pela rotina ou tentando fugir dela;

f) Identificação das características do gênero conto e sua função social. 

Percepção das relações de intertextualidade; percepção das relações de interdiscursividade. 

Estabelecer comparações entre o Texto e a letra de música de Chico Buarque de Holanda 

Cotidiano corrompido


Todo dia ela faz tudo sempre igual:
Me sacode às seis horas da manhã,
Me sorri um sorriso pontual
E me beija com a boca de hortelã.

Todo dia ela diz que é pr'eu me cuidar
E essas coisas que diz toda mulher.
Diz que está me esperando pr'o jantar
E me beija com a boca de café.

Todo dia eu só penso em poder parar;
Meio-dia eu só penso em dizer não,
Depois penso na vida pra levar
E me calo com a boca de feijão.

Seis da tarde, como era de se esperar,
Ela pega e me espera no portão
Diz que está muito louca pra beijar
E me beija com a boca de paixão.

Toda noite ela diz pr'eu não me afastar;
Meia-noite ela jura eterno amor
E me aperta pr'eu quase sufocar
E me morde com a boca de pavor.

Todo dia ela faz tudo sempre igual:
Me sacode às seis horas da manhã,
Me sorri um sorriso pontual
E me beija com a boca de hortelã.

Todo dia ela diz que é pr'eu me cuidar
E essas coisas que diz toda mulher.
Diz que está me esperando pr'o jantar
E me beija com a boca de café.

Todo dia eu só penso em poder parar;
Meio-dia eu só penso em dizer não,
Depois penso na vida pra levar
E me calo com a boca de feijão.

Seis da tarde, como era de se esperar,
Ela pega e me espera no portão
Diz que está muito louca pra beijar
E me beija com a boca de paixão.

Toda noite ela diz pr'eu não me afastar;
Meia-noite ela jura eterno amor
E me aperta pr'eu quase sufocar
E me morde com a boca de pavor.

Todo dia ela faz tudo sempre igual:
Me sacode às seis horas da manhã,
Me sorri um sorriso pontual
E me beija com a boca de hortelã.




Estabelecendo as relações de intertextualidade, pedir ao aluno que faça um levantamento  das situações em que os gêneros abordam o assunto do cotidiano de forma igual e em quais pontos   eles são diferentes.

Percepção de outras linguagens; elaboração de apreciações estéticas e/ou afetivas; elaboração de apreciações relativas a valores éticos/e ou políticos. 

Estabelecer um debate com os alunos  cujo centro de discussão seja o comportamento das personagens.
a) A esposa de Samuel é apresentada ao leitor de uma forma nada positiva e nada nela parece ser  atrativo. Isto justificaria as “saídas” de Samuel? O casamento estaria em crise, assim como outras instituições familiares?
b) O que realmente Samuel buscava nas suas “saídas” de domingo?Por que ele fazia isso?
c) Há passagens no texto, que a personagem não quer ser reconhecida e nem vista por ninguém, durante as “saídas”?  Por que ele sentia necessidade de se ocultar, até usando um nome que não era seu? Que valores morais estão presentes nesta situação?
d) Ao final do texto, há mudanças no comportamento de Samuel? Explique.

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